21 janeiro 2003

Foi em 1958, na Itália.
O Brasil jogava contra a Fiorentina, a caminho do Mundial da Suécia.
Garrincha invadiu a área, deixou um beque sentado e se livrou de outro, e de outro.
Quando já tinha enganado até o goleiro, descobriu que havia um jogador na linha do gol: Garrincha fez que sim, fez que não, fez de conta que chutava no ângulo e o pobre coitado bateu com o nariz na trave.
Então, o arqueiro tornou a incomodar.
Garrincha meteu-lhe a bola entre as pernas e entrou no arco.
Depois, com a bola debaixo do braço, voltou lentamente ao campo.
Caminhava olhando pro chão, Chaplin em câmera lenta, como pedindo desculpas por aquele gol, que levantou a cidade de Florença inteira.

0 comentários: