04 outubro 2002

Notem que no post anterior, raramente toco no nome de políticos cariocas, exceto para criticar.
Sintomático?
Depois do esvaziamento da cidade, com a transferência da capital para Brasilia, a classe política daqui piorou muito.
Com o golpe fatal da Fusão (nos idos dos 70, último baluarte da ditadura militar), as coisas degringolaram de vez.
Aqui o que se faz é a política mais vil, em que verbas públicas são desviadas diretamente para os bolsos dos caciques eleitorais de cada região, e a troca de favores assume conotação perjorativa.
Resultado: Brizola (por duas vezes), Moreira Franco, Marcelo Alencar e Garotinho.
Dá pra sobreviver???
Os currais do interior do estado e da baixada fluminense decidem, normalmente tocados pelas tais trocas de favores (a histórica receita do "é dando que se recebe" novamente, celebrada pela equação 1 dentadura = 1 voto, lembram?), deixando a mercê destes delinqüentes juvenis crescidos (uai??? num é garotinho???), a cidade ajoelhada.
Maior prova?
Rosinha, buscando uma eleição fake, básicamente para garantir visibilidade ao marido precocemente derrotado na campanha presidencial, campanha aliás em que só embarcou para conseguir cacife, numa eventual troca de apoios no segundo turno.
Aliás, para nós cariocas, só consigo enxergar a desfusão como solução.

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