02 outubro 2002

Well putada, cá estou eu, são e salvo, com a barriga estofada por 4 dias de gastronomia em estado puro.
----------------------------------
E vamos requentar a boataria...

Eu tava tranquilo, lendo meu Villas-Bôas no carro, bem no meio da Dutra, quando sou surpreendido por um telefonema dizendo que o mundo tava acabando, e que Deus tinha começado a obra pelo Rio de Janeiro, mandando 4 cavaleiros do Apocalipse (Fernandinho Cheira Mar, Rosinha Matheus - a Pedófila dos Goytacazes, Roberto Arghuiar e Ney Mauro Cidade Palmeiro - mas essa é outra história, deixapralá).
Tomei um pusta susto.
A cidade, segundo os relatos, estava sitiada, com hordas de traficantes se pendurando nos ponteiros do relógio da Central, nas mangas da túnica do Cristo Redentor, nos cabos do Pão de Açúcar, enfim, tornando a vida do carioca um inferno maior que o já vivido.
Desespero por todos os lados, até de minha parte, ainda longe mais de 300 Km da cidade sitiada.
Paro em Pidamonhagaba pra rangar, sem fome mas ansioso por uma cyberbirosca.
Adentro o hotel, meu sócio - faminto - pergunta pelo restaurante e eu - afoito atrás de informações - pela internet da casa.
-- R$ 6,00 meia hora
Me assal... digo... informa o concierge (aliás, hotel de interior não tem concierge. É o garoto da recepção e só).
Mesmo tendo o bolso estruprado (já diria um torcedor do Framengo), topo e sento diante da máquina - um lentium 166, conectado no ADSL paulista, mas que pela velocidade, devia ser baiano.
Perco meia hora catando e informações desencontradas - as poucas disponíveis - e não resolvo nada.
Nesse interim, ponho meu celular na recarga já que o biccho não tinha resistido à primeira onda de procura por menos boatos e mais verdades.
Nada me tranquiliza.
Quero saber de minha casa, da mulher que eu amo e que trabalhava, aquela hora, no olho do furacão, da minha mãe, cachorro e papagaio!
O celular dá um sinal de vida.
Ligo afobado pra baixinha e constato que mais do que eu, ela, próxima a tudo, também é refém da boataria, presa num Shopping, sem saber se pode ou por onde sair...
Bom, aí ligo pra mãe. Sacumé, a distinta devia estar de olho na grobo, tentando saber mais.
Surpresa.
Ela, com a calma de quem acabou de levantar de um cadeira de praia em Ipanema, impávida que nem Mohammed Ali, se vira prá mim e diz:
-- Acabei de voltar de Copacabana. Não tinha nada lá. Aliás, nem sei do que tão falando tanto...

Moral da História:
Todo boato tem um fundo de verdade sim, mas dá uma ligadinha pra mãe antes e confirma.
Vai te poupar uns 5 anos de vida perdida por stress.
----------------------------------------------
Quanta melda, né não?

0 comentários: