29 março 2002

Morreu Billy Wilder.
Dono de um feeling impressionante, mão segura e um talento brutal, ele "fez" talentos surgirem na frente das cameras.
Jack Lemmon, com ele, rendia cenas antológicas de comédia, perpassada das banalidades trágicas do dia-a-dia.
Marylin Monroe e Tony Curtis, sabidamente atores medianos, pareciam mitos da interpretação.
Seus olhos traduziam para as telas, quaisquer emoções que o homem médio - principalmente o americano - pudesse sentir, com o dom da leveza, sempre seguindo a máxima de que o sucesso bateria a porta daquele que entendesse o verdadeiro significado da palavra "entretenimento".
Ele sempre entendeu.
Agora, o cinema americano de hoje, ridicularizado como arte, pelos senhores feudais dos estúdios e seus generais Marketeiros, fica muito mais pobre.
Mas talvez eles não sintam isso.
Talvez façam mais umas duas ou três seqüências de algum sucesso, de preferência de rasa necessidade de compreensão, e ignorarão (no intimo, pois o marketing lhes ensina a importância de uma cara compungida nessas horas) Billy Wilder.
Pois é, a vida inteligente (que já era rara) está cada vez mais escassa, lá nas terras de Tio Sam.
Billy Wilder, até a próxima.

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