05 abril 2002

A algum tempo que eu ando meio entojado do cinema americano (cês já devem ter notado...), afinal poucas coisas se salvam e, apesar de achar o trabalho do ator fundamental, reconhecer que a mão do diretor é fundamental, é a mais pura verdade.

Aí mora o problema...

Há muito tempo que o cinema americano não põe pra circular diretores cuja filmografia tenham regularidade, exceto no caso de que a regularidade se traduza por regularmente medíocre.

A possibilidade de que surjam novos bons diretores, é cada vez mais remota, na medida em que os grandes estúdios criaram um esquemão tipo fast-food de cinema, com roteiros pré-formatados para obedecer clichês que garantem puro retorno de bilheteria. O conceito de sétima arte fica esquecido, e a bosta aflora.

As exceções a esta regra: Tarantino, Spike Lee, os Cohen e, mais recentemente, Wes Anderson (do "Incríveis Tennenbaums), que valem destaque e conhecimento.
Fora isso, nada presta, com regularidade.

Daí eu insistir tanto em filmes como o "Concorrência Desleal", do Scola. Cinema de autor, que diverte, questiona e desperta emoção em quem assiste, sem ser piegas ou apelativo.

Assim, dispam-se dos preconceitos contra o cinema não americano e assistam coisas novas. Garanto que não vai rolar o famoso arrependimento básico.

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