10 março 2002

Armando Nogueira, em sua coluna no JB, nos chama atenção pra viadagem e baba-ovismo dos jogadores de nossa preclara seleção, que após a marcação de cada gol no amistoso contra o selecionado leite C da Islândia, saíam correndo pra abraçar Felipone.

Taí uma das causas da nossa decadência futebolística: o endeusamento da teimosia e da burrice dos técnicos que privilegiam "o grupo", e selecionam os que melhor se adaptam a sua concepção desse tal grupo.

É a maior inversão de valores que eu já vi. Seleção é a reunião dos melhores jogadores do país. Dêem-se bem ou não, e aí entra o tal do técnico (muito além do trabalho técnico e tático), tornando esses jogadores em parte de um grupo. Ou - torcendo os miúdos - o conceito de grupo a partir dos jogadores, e não os jogadores a partir do conceito de grupo.

Nesse samba de grupo, temos um exemplo (guardadas as devidas proporções e não exatamente como acontece hoje) quando, por birra com Nilton Santos, que não se enquadrava no seu conceito de grupo (na época, eu mando e ninguém abre o bico), Flávio Costa o deixou fora do time durante toda a copa de 50.

Deu no que deu...

Só pra lembrar: na época Nilton já era considerado o maior jogador, na posição, do Brasil. Hoje, todo mundo sabe que que ele foi o maior jogador da posição, em todos os tempos, no mundo, apelidado de A Enciclopédia do Futebol.

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