01 março 2002

Top-Top Five de Fim de Semana

Pra turma do sofá
1) M.A.S.H., Robert Altman - Na minha humirde opinião, o melhor filme desse camarada, expert em narrativa e sarcasmo, mestre do olhar crítico e irônico, atento as pequenas (e eventualmente grandes) hipocrisias de nossa sociedade. Sem contar que o personagem do Eliot Gould (que eu sempre confundo: nunca sei se é o Falcão ou Caçador) é um sarro ambulante. Bom pracas!
2) Yojimbo, Akira Kurosawa - O Japa manda bem pra cacete. Esse aqui virou inspiração para western spaghetti (nas mãos do Sergio Leone, em Per un pugno di dollari ) e prumas mediocridades, como a estrelada pelo Bruce Willis em 1996. Senta a cauda (hoje eu tou calmo...) e assiste.
3) L.A. Confidential - Curtis Hanson - Esse camarada, roteirista e diretor de mão cheia, realizou uma das maiores proezas que eu conheço: adaptar esse romance do do James Ellroy pro cinema. Porra, o livro é um tijolaço, com 'trocentas tramas paralelas e um kilocaralhão de personagens. Ele só pegou o essencial e fez um pusta filme noir. Perdeu o Oscar pro Mega-Baba Titanic, mas isso já é outra história...
4) To Kill a Mockinbird, Robert Mulligan - Filmaço. Não se pode falar outra coisa, com uma baita atuação do Gregório Peck, na pele de Atticus Finch, estereótipo de advogado correto, justo e sem medo de enfrentar o preconceito dos caipiras de melda do Sul dos Estados Unidos. O primeiro da sessão nostalgia.
5) Twelve Angry Man, Sdney Lumet - O que que eu posso dizer dum filme que se passa 99,9% do tempo dentro de uma sala, onde 12 pessoas trancadas discutem um veredicto, e mesmo com essa - teórica - monotonia de personagens e cenários (quase um teatro filmado), você num consegue parar nem pra mijar? O segundo da sessão nostalgia, e é um filmaralhaço !!!



Apesar de no top-top eu não mandar um cartaz na lata, o do M.A.S.H. vale a reprodução:

M.A.S.H.
M.A.S.H.


E na eletrola Hi-Fi, a trilha do fim de semana vai ser homenagem a cidade de São Sebastião que tá fazendo - apesar do Gayrotinho, do Cesar Maialuco e do Aedes - mais um ano: Joel do Nascimento, Henrique Cazes, Deo Ryan, Sivuca e ostras cousas... Tudo tocando Chorinho. Existe coisa mais carioca do que Choro?

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