06 dezembro 2002

Dois posts brilhantes do Danilo:

Esse aqui fala da nossa simbiótica macaquice ao entubar solonemente os artifícios de marketing que nos impõe o mercado, em detrimento de nossa própria identidade cultural.
Ótima a imagem da TOP-TOP Model explicando prum americano como se faz a caipirinha e substituindo na hora agá nossa gloriosa cachaça pela vodka (o que para os russos também é um verdadeiro crime...).
Nem tanto pela substituição em si, mas pela incorporação modo de vida consumista-marketiniano do americano médio pelo brasileiro.
Esse modo de vida leva o americano (entre outras coisas) a ser engrupido pelo marketing francês do Beaujolais (vinho de bosta - diria que equivalente a um Marcus James nacional - vendido aos americanos como jóia).
Ótimo Danilo.

Esse outro trata da questão do modelo para universidades públicas no Brasil.
Aqui, quem banca a universidade pública é o governo, com praticamente 100% dos recursos que lá aportam, por vias diretas ou indiretas.
É complicada a questão da educação, mas nesse ponto, só interesses corporativistas e políticos o tornam mais complicado.
O compromisso com a educação, enquanto compromisso com dotação orçamentária e controle administrativo direto, em qualquer governo, é com o ensino fundamental (1° e 2° grau) e só.
Para as universidades, basta apenas a gestão estratégica (currículo, fomento à pesquisa, fiscalização, etc.).
O dinheiro das universidades deve vir do bolso dos estudantes de uma forma ou de outra: se tiver dinheiro, pague, e pague bem, para cursar. Se não tiver, bolsas custeadas pela própria instituição, através de fomento da iniciativa privada.
Nada a ver com o modelito de universidades particulares medíocres como as que existem hoje.
Muito mais para uma fundação, sem fins lucrativos, apoiada no bom e velho tripé Ensino, Pesquisa e Extensão, remunerando decentemente professores e pesquisadores (e com isso atraindo capital humano de ponta, ou pelo menos mantendo os que fogem daqui em busca de melhores condições no exterior) , instalações acadêmicas de qualidade e - sobretudo - formando profissionais mais responsáveis e qualificados.

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