01 agosto 2002

Eu fiquei uma semana, sei lá, sem pintar por aqui por conta de uma obra que, terminada, desembocou numa mudança de um escrotório (com "o" mesmo) para um escritório.
Saldo: as pontas dos dedos completamente comidas de pó de gesso e crimpagem de terminasi de rede, a lombar estourada, uma pusta dor muscular - aliás descobri músculos que nem suspeitava que tinha, por conta disso - e horas e mais horas de atraso pra tirar de cama.
Mas pelo menos agora, olho pela janela e posso ver (ao invés da pisagem concretada de antes) a entrada da baía, a ilha de Villegnon, o MAM, Pão-de-Açúcar, o movimento do Santos Dumont, Icaraí ao longe, os fortes de S. Sebastião e Sta. Cruz e, claro, algum concreto também.
Bom, em quantas cidades do mundo você pode trabalhar e ter uma vista como essa?
Dá pra contar nos dedos?
Nem isso.
Com todo seu destempero social, provocado por sucessivos governos populistas e em grande parte de sua estrutura, corruptos, largando no nosso colo toneladas de violência, apesar disso, o Rio continua lindo, e como bom carioca, não tenho porque rejeita-la quando mais precisa do meu amor.
É aqui que eu vivo e quero continuar a viver, por isso, devo descobrir como contribuir para que isso seja possível.

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