A única coisa que me preocupa, passadas as eleições, é a mitificação do Lula, não por ela em si, mas pela correspondência que ele faz a este fenômeno.
Não precisamos de um presidente popular pela empatia ou simpatia com as massas.
Precisamos de alguém que trabalhe junto com as instituições e através desse trabalho obtenha resultados positivos para o país, e - aí sim - estes resultados lhe confiram a popularidade devida.
A presidência é um cargo de características institucionais.
O Presidente é uma instituição sim, e deve agir, penso, como tal.
Não que se deva ser distante e frio, como o antecessor o foi, mas não deve fazer dessa postura o seu agir cotidiano, muito menos enfatizar isto enquanto estratégia de comunicação.
Ao contrário do que possa parecer, esse comentário não reserva nada elitista, criticando Lula (mesmo porque ainda não assumiu...) mas guarda a percepção de que democracia se faz com instituições fortes e não com homens fortes.
Com homens fortes... Bom, governos com homens fortes, em geral, vocês sabem onde acabam.
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